ESG e a Construção Civil

Elaine Martins • 7 de junho de 2023

ESG (Environmental, Social, and Governance) refere-se a uma abordagem de investimento e práticas empresariais que considera fatores ambientais, sociais e de governança corporativa.


Com consumidores cada vez mais informados e conscientes da necessidade de medidas sustentáveis a longo prazo, é crescente em meio às empresas de construção civil o reconhecimento da importância da adoção de práticas relacionadas à  ESG que reduzam o impacto de suas operações.


A adoção dessas práticas, garante mais credibilidade e destaque às empresas, melhorando sua reputação junto a clientes, parceiros e comunidades e passa a atrair investidores e clientes conscientes, além de garantir a sustentabilidade a longo prazo para o setor.


Na Construção Civil, a abordagem ESG envolve a consideração de questões ambientais, sociais e de governança em todas as fases de um projeto, desde o planejamento até a conclusão.


OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ou ODS, são metas que foram definidas visando garantir o desenvolvimento sustentável do planeta.

O setor de construção civil está diretamente ligado aos ODS, pois além de movimentar grande parte da economia global, também causa grandes impactos ambientais, da extração de matéria prima até o resultado final das obras.


Os ODS abaixo são diretamente relacionados à indústria da Construção Civil:


ODS 6 – Água Potável e Saneamento

“Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos”

ODS 7 – Energia Limpa e Acessível

“Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos”

ODS 8 – Trabalho decente e Crescimento Econômico

“Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos”

ODS 9 – Indústria Inovação e Infraestrutura

“Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação”

ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis

“Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”

ODS 12 – Consumo e produção responsáveis

“Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”

ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima

“Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos”

ODS 15 – Vida Terrestre

“Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda”


A implementação efetiva dos princípios ESG na construção civil requer o compromisso das empresas em adotar práticas sustentáveis e responsáveis, bem como a colaboração entre os principais interessados, incluindo governos, investidores, clientes e comunidades locais. Isso ajudará a impulsionar a transição para um setor de construção mais sustentável e socialmente responsável.


Elaine Martins, Julho de 2023.


Imagens:

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Por Elaine Jorgia 17 de novembro de 2023
A Nova Lei de Licitações e Contratos, Lei nº 14.133/2021, estabelece normas gerais de licitação e contratação para as entidades públicas. Ela representa um marco importante para a legislação brasileira no que tange licitações e contratos administrativos, tendo como propósito principal substituir, atualizar e consolidar normativas anteriores, como a antiga Lei de Licitações e Contratos nº 8.666/1993, a Lei do Pregão nº 10.520/2002 e a Lei do Regime Diferenciado de Contratações nº 12.462/2011. A Nova Lei já se encontra em vigor desde 01/01/2021 e em regime híbrido com as leis anteriores. O que significa que a Administração pode, até o dia 29/12/2023, optar por licitar ou contratar diretamente de acordo com essa lei ou com as leis anteriormente vigentes. porém essa opção deverá estar claramente identificada no edital ou no aviso ou instrumento de contratação direta, sendo vedada a aplicação combinada de leis. Essa nova lei trata de pontos importantes relacionados a planejamento e governança, trazendo uma importante ferramenta de administração contratual: o gerenciamento de riscos e controles internos. A implantação de uma governança de gestão de risco a administração tem mais ferramentas para gerir as informações e evitar conflitos de interesses, tendo maior controle sobre as incertezas do contrato. As principais alterações se relacionam com os seguintes aspectos: 
Por Elaine Jorgia 31 de outubro de 2023
Para a execução de uma obra de Construção Civil é necessário cumprir uma sequência lógica de atividades a serem executadas. Para que essa execução esteja de acordo com os requisitos previamente estabelecidos e ocorra de acordo com o planejamento, é necessário que a equipe de gestão se certifique de que não existem restrições que impeçam que a atividade seja realizada. Mas o que são restrições? "Restrição é qualquer informação, ferramenta, materiais, equipamentos, acessos ou qualquer outro fator que impeça ou atrase a execução do trabalho" (Construction Industry Institute -CII). Sendo assim, a equipe de gestão de obras e planejamento dever realizar a gestão efetiva das restrições, de forma a possibilitar que as atividades sejam executadas sem interrupções e impactos. Essa gestão permite a eliminação antecipada de situações e incertezas das frentes de trabalho, à medida que todas as informações, materiais, equipamentos, ferramentas e condições de acesso são previamente checadas e liberadas, garantindo sua disponibilidade integral no local da execução. A Gestão eficaz das restrições nos garante mais aderência ao planejamento, mais eficiência na aquisição, logística e gerenciamento dos materiais, mais produtividade da equipe e reduz as incertezas vinculadas ao cumprimento dos prazos. O uso de ferramentas adequadas permite a realização de uma gestão de restrições mais eficaz: Quadro de gestão à vista - Uma ferramenta visual onde são listadas todas as atividades da semana, as naturezas das restrições e responsável pela remoção, em caso de pendências. Deve ser afixado em local visível e de preferência nas frentes de campo para facilitar a consulta sempre que necessário.
Por Elaine Jorgia 10 de agosto de 2023
Na gestão de projetos, a análise de risco é um processo fundamental para identificação, avaliação e definição das medidas de abordagem e tratativa aos riscos potenciais que podem afetar o sucesso do projeto. Essa análise deve ser implementada desde as primeiras fases do projeto e atualizadas constantemente, para permitir que a equipe do projeto esteja conscientizada e preparada para lidar com incertezas, melhorando o tempo de resposta de implementação de medidas para mitigar possíveis impactos negativos. A primeira etapa da análise consiste em identificar todos os riscos possíveis que podem afetar o projeto, sejam eles internos, como recursos insuficientes, conflitos de equipe ou mudanças no escopo, bem como riscos externos, como mudanças nas condições do mercado, políticas governamentais ou desastres naturais. Uma vez identificados, é necessário classificar a o grau de impacto dos riscos, considerando sua probabilidade de ocorrência e a gravidade do impacto que teriam no projeto caso se materializem. Uma ferramenta muito comum para classificação do grau de impacto de riscos é a Matriz de risco. Ela tem como objetivo ajudar a equipe a visualizar e priorizar os riscos identificados com base em sua probabilidade de ocorrência e no impacto que podem causar no projeto.
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